Quando corrigir a mordida nas crianças?

Muitos pais e até alguns dentistas não se preocupam em corrigir o posicionamento dos dentes de crianças até a troca de todos os dentes de leite, pois acham que o tratamento será muito longo e que as crianças estariam "sofrendo" com aparelhos por muito tempo, mas será que isto vale para todos os casos?

Os tratamentos precoces são indicados em duas situações específicas:

1- Quando o existe algum problema que impeça o desenvolvimento correto ou esteja causando alguma dificuldade funcional importante (por exemplo: portadores de mordidas abertas, mordidas cruzadas ou respiradores bucais);  

2- Quando o problema causa constrangimento e prejuízo psicossocial para a criança. Crianças podem ser muito "cruéis" quando lidam com amiguinhos que apresentem alguma deformidade ou alguma particularidade.

Nestes casos o tratamento é dividido em duas fases: normalmente é feito uma primeira fase apenas para permitir uma melhora estética ou para eliminar o fator que esteja prejudicando o crescimento da criança, mesmo que isso signifique que um tratamento mais completo seja planejado para quando o crescimento estiver terminado ou próximo do fim. Normalmente são intervenções rápidas, que podem durar de algumas semanas a alguns poucos meses, mas permitem um crescimento mais harmônico, reduzindo ou eliminando os prejuízos físicos ou psicológicos para o paciente.

Após terminada esta primeira fase, são retirados os aparelhos (quando necessários) e a criança cresce normalmente, embora seja recomendado um acompanhamento periódico (a cada 6 ou 12 meses) com o Ortodontista, para ter certeza de que o problema está controlado e para que seja indicado o melhor momento para a realização da correção mais definitiva, numa segunda fase do tratamento.

Atualmente temos um grande número de recursos para correções precoces dos problemas ortodônticos nas crianças, muito mais estéticos e fáceis de usar. Para intervir no momento certo é importante que a criança seja avaliada por um Ortodontista por volta dos 7 anos no caso das meninas, e os meninos por volta dos 9, mas se for identificado um problema mesmo antes desta idade, não deixe de levar-la para uma avaliação. A orientação de um especialista pode fazer toda a diferença neste momento.